quinta-feira, 20 de março de 2008

O que se passa na nossa Terra?

Sempre se ouviu dizer que não podemos mudar o mundo, delicado ditado, de significado profundo. O comodismo, a espera que alguém faça, o “mordomismo” de uma vida oca, provida de chalaça. Seres humanos num planeta massacrado, lixo, falta de respeito, mundo conspurcado. “Porquê é que a relva da vizinha cresce mais do que a minha?”. Pensamento fútil é o mesmo que pensar que as silvas do vizinho tapam o meu caminho mas as minhas porém não fazem mal a ninguém! Somos simplesmente humanos, o nosso olhar que devia ser para dentro e para a frente é para o lado, porque não reflectir no nosso próprio pecado? Vamos meditar, olhar para a natureza e ver como ela chora lágrimas de tristeza.Não vamos mudar o grande mundo mas o nosso pequeno mundo. Ainda vamos a tempo de salvar a chuva, o sol, o vento. Há ainda a esperança no sorriso de uma criança e de evitar um futuro duro. População oiça! A minha geração apela! Vamos trabalhar para uma terra mais bela!Fogos podem-se evitar, limpe a sua mata para não se incendiar.Estar à lareira, no “quentinho” enquanto estão haver cheias há alguém a ajudar os “pequeninos”, são gente com sangue nas veias. Pois essa lareira… quantos trabalharam para ter a madeira e a sopa quente não chega a toda a gente, o Inverno não perdoa e a muitos faltará um “naco” de broa.Também não custa nada limpar a sarjeta à frente da nossa casinha, um gesto que ajuda a salvar também a casa da vizinha. As inundações levam a problemas sanitários para a comunidade e a doença que advém não escolhe idade.Se todos colaborarmos evitamos as desgraças, a pobreza, a miséria, fechando a ferida e todos seremos Bombeiros da nossa terra querida.E o lixo, esse cancro incurável, vamos reciclar e torná-lo tratável. Porque não fazer da doença a cura, tornando a coisa suja em pura!O Povo Português prova o seu fado! Cartões, plásticos, vidros, cada um para o seu lado. Reciclar é dar vida nova e encher de alegria o nosso planeta em que vivemos no dia-a-dia.A união faz a força e a força o poder da concretização! Não teria que haver limpeza se tu, ou eu, não puséssemos lixo para o chão.É o nosso dever preservar o ambiente, deixar de prejudicar, aprender a viver, aprender a respeitar. Ter a noção do trabalho do Homem do lixo, do Escuteiro, do Varredor, do Bombeiro…Pensa a Terra: - Que triste sina a minha! Restos de comida, pontas de cigarro. Ah! Estou tão feia! Cheia de catarro! Papel, latas, garrafas de vidro, malditas! Livrem-me destes piolhos, destes parasitas!Pois bem! Sinal vermelho! Toca a parar, novo ou velho vamos mudar. Pintar com as mais belas cores os nossos sentimentos nobres de solidariedade, encher o mundo de flores, vivendo em harmonia e felicidade.E o mundo? O que é para si de verdade?
Sandra M. Rocha
Posted: José João

Um comentário:

João Ferreira disse...

Senti a necessidade de intervir e de publicar este belo texto. Um texto que corta os temas que até aqui foram publicados, cheios de morte, sofrimento, amor decadente ,etc. Acredito que o sentimento faz amadurecer as pessoas, mas não é o sentimento que as faz evoluir e enfrentar o futuro. Penso a literatura com arma de intervenção, capaz de alertar consciencias e mudar atitudes. E NÂO "enterrar" em cosmos sem fim os leitores.
Era só para deixar a ideia...

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