
O presidente da Associação Portuguesa de Escritores (APE) afirmou hoje que a Literatura portuguesa «perdeu uma das suas vozes maiores» com a morte de Maria Gabriela Llansol, autora de uma «poética muito singular».
Com 76 anos, a escritora faleceu em sua casa, em Sintra, durante a madrugada, e, segundo o presidente da APE, José Manuel Mendes, «já se encontrava doente há algum tempo».
Nascida em Lisboa, a 24 de Novembro de 1931, Maria Gabriela Llansol tem uma vasta obra dedicada sobretudo ao romance, mas também traduziu Rilke, Rimbaud, Éluard e Baudelaire, entre outros, deixando igualmente alguns diários publicados nos anos 80 e 90.
Para o presidente da APE fica a memória de «uma personalidade inconfundível», com uma obra «que se constitui de elementos muito apelativos e desafiadores, sempre escrita num género que nos deixa fascinados e perplexos».
José Manuel Mendes - que era amigo da autora e leu praticamente toda a sua obra - destacou alguns dos primeiros livros, nomeadamente «Os Pregos na Erva» (1962), «mas os mais recentes tinham lugares iluminados», disse, sobretudo «Amigo e Amiga - Curso de Silêncio 2004» (2006), e «O Jogo da Liberdade da Alma» (2003).«Com o avançar dos anos [Maria Gabriela Llansol] foi-nos propondo livros cada vez mais aperfeiçoados», acrescentou, sobre a autora, que fez «um trabalho minucioso dedicado às letras».
Em 2006, a obra «Amigo e Amiga - Curso de Silêncio 2004», publicado pela Assírio & Alvim, conquistou o Grande Prémio de Romance e Novela da APE.
Diário Digital / Lusa
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